domingo, 29 de julho de 2012

HORRORES COMETIDOS NO PINHEIRINHO CONTINUAM IMPUNES APÓS SEIS MESES.




Ex-moradores do Pinheirinho, bairro de São José dos Campos desocupado violentamente pela tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo há seis meses, vivem ainda hoje em condições precárias e sem solução do governo para a habitação. Ao mesmo tempo, ninguém foi punido pelos horrores cometidos contra as 1,6 mil famílias que moravam no lugar.

De acordo com o coordenador geral da ocupação, Valdir Martins, o Marrom, três pessoas já tentaram suicídio. “Algumas crianças hoje não podem ver um carro de polícia ou um helicóptero que saem correndo”, relatou.

Segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cézar Britto, o combate à impunidade deve ser intensificado para se evitar situações semelhantes a do Pinheirinho. “Para vivermos em segurança, temos que ter algumas garantias. Torturador tem que saber que jamais será perdoado. Aquele que violenta os direitos humanos têm que saber que em tempo algum poderá ser anistiado de seus crimes”, disse.

“O governador do estado, Geraldo Alckmin, um dos responsáveis por isso, não sofreu nenhuma consequência, bem como o presidente do Tribunal de Justiça. Todas as autoridades responsáveis por isso continuam como se nada tivesse acontecido”, critica o ex-procurador do estado de São Paulo, Marcio Sotelo Felippe.

As famílias também sofrem com a situação das casas improvisadas onde estão atualmente. “Elas estão morando muito mal. São três, quatro ou cinco famílias em uma mesma casa. Tem gente em condições insalubres de moradia, em cômodos até mesmo sem janelas”, disse o advogado das famílias, Antônio Donizete Ferreira.

Segundo Marrom, a prefeitura de São José dos Campos tem criado empecilhos para resolver a situação da moradia das famílias. “Todos os terrenos que encontramos a prefeitura diz que não pode e que são áreas reservadas para condomínios”, disse.

FONTE: http://www.cutsp.org.br/noticias/2012/07/23/horrores-cometidos-no-pinheirinho-continuam-impunes-apos-seis-meses

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