quarta-feira, 26 de setembro de 2012

TÁ RUSSO, MANNO


Russomanno busca fiador para propostas

A 11 dias da eleição, o comitê de campanha de Celso Russomanno (PRB) procura um coordenador capaz de conferir credibilidade ao programa de governo do candidato que lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A busca por um nome reconhecido no mercado é uma tentativa de neutralizar as críticas de que Russomanno não tem densidade para levar suas promessas adiante.

A procura extrapola as divisas de São Paulo. No Rio, o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, do PRB, tem conversado com especialistas e mesmo técnicos de empresas de construção atrás de sugestões para a cidade.

A intenção é indicar um novo coordenador de programa até o fim de semana. O atual coordenador é o jornalista Carlos Baltazar.

Procurado pela Folha, ele se recusou a comentar a possibilidade de ser substituído.

Nesta semana, para reagir às críticas de seus adversários de que não teria programa de governo, Russomanno passou a exibir uma versão impressa de propostas que estão disponíveis em seu site desde 12 de julho.

O candidato mostrou a brochura, de 50 páginas, no debate da TV Gazeta e do portal Terra, anteontem, ao ser acusado pelo candidato do PT, Fernando Haddad, de não ter projetos concretos.

O texto apresentado é o mesmo que foi enviado à Justiça Eleitoral quando ele registrou a candidatura a prefeito e não traz metas quantitativas nem detalhamento de custos das promessas.

Ele disse que esse "plano" é diferente de seu "programa de governo", que afirmou só ser obrigado a registrar 90 dias depois da posse como prefeito, caso seja eleito.

Ele admitiu que a impressão do plano foi feita após as críticas dos adversários. E promete apresentar o programa em etapas até o fim da campanha. O primeiro, segundo diz, é o projeto para esporte e combate às drogas.

PRIMEIRO PLANO
Uma das promessas que constam no texto é estabelecer uma tarifa proporcional para usuários de ônibus de acordo com a distância percorrida. No debate, a ideia virou alvo de críticas de Haddad, que diz que isso vai prejudicar as pessoas mais pobres, que moram mais longe.

Russomanno disse que o preço máximo da tarifa será de R$ 3 --valor atual da passagem-- e que haverá um sistema de identificação biométrica nas portas dos ônibus para calcular o trajeto percorrido por cada usuário.

Ele não informou o custo da implantação do equipamento. O candidato prometeu os dados duas vezes à reportagem, mas eles não foram enviados.

Outra promessa que foi questionada, a de ampliar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana para 20 mil agentes, apresenta divergência de custos. Ele diz que custará R$ 650 milhões, mas a prefeitura estimou os gastos em R$ 1 bilhão. (CATIA SEABRA, DIÓGENES CAMPANHA E LUIZA BANDEIRA)

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