Dobra o número de mortos durante confrontos com PMs em SP
A onda de violência que derrubou o ex-secretário de Estado da
Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto do cargo, na última quarta-feira, foi
marcada também pela explosão do número mortos por PMs em supostos confrontos na
Grande São Paulo.
Dados do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa)
mostram que, de 24 de outubro até o último dia 19 (27 dias), 62 civis foram
mortos por PMs na região metropolitana, em uma média diária de duas mortes --entre
janeiro e setembro, era registrado um caso por dia.
Os registros do DHPP apontam que, durante o período analisado, uma
de cada quatro mortes cometidas por PMs ocorreu na zona sul da capital.
O bairro campeão foi o Campo Limpo, com sete casos. Foi lá que o
servente de pedreiro Paulo Batista Nascimento, 25, foi morto por cinco PMs após
já ter sido rendido. A ação foi filmada por um cinegrafista amador e divulgada
pela TV Globo.
Juntas, as zonas sul e leste concentraram quase metade (45%) das
mortes em supostos confrontos com PMs.
O ouvidor da Polícia do Estado, Luiz Gonzaga Dantas, considerou
alto o número de duas mortes em confrontos por dia. Ele afirmou que pediu ao
DHPP as cópias dos laudos necroscópicos e de balística de todos os casos
registrados no período. Neste ano, 96 PMs foram assassinados em São Paulo.
OUTRO LADO
As polícias Civil e Militar não comentaram os dados. Em nota,
afirmaram que todos os casos de confrontos são investigados e que consideram
todas as hipóteses.
Além disso, disseram que nenhum dos dois órgãos tolera desvios de
condutas de seus policiais. (LÉO
ARCOVERDE)
A criminalidade no Estado de São Paulo aumenta a cada dia, e o governo adota sempre a mesma conversa. O discurso deve ser trocado por ações efetivas, que garatam resultados em longo prazo e não apenas imediatistas. Não basta remover os lideres de facções para outros presídios. Deve-se promover uma operação pente-fino nas detenções e paralelamente, intensificar a atuação da Corregedoria da Policia Militar visando à punição dos maus policiais. Programas sociais de integração e oportunidade para jovens e família carentes devem ser criados, pois famílias estruturadas e pessoas com perspectiva de ter uma vida digna não vão recorrer ao crime para sobreviver.
ResponderExcluirAbraços,
Dedetizadora Desentupidora
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