domingo, 31 de março de 2013

BRASIL, 01 DE ABRIL DE 1964

É preciso que as novas gerações conheçam esse pedaço tenebroso da nossa história, cujos resquícios ainda permanecem nos dias de hoje.
(Wagner Marins)

Reportagens especiais mostram que o país ainda precisa superar o legado deixado pelo regime militar em setores como educação, economia e política e que a extrema direita ainda conta com grande representação na sociedade brasileira.

Passados 48 anos do golpe contra João Goulart, resta algo de ditadura
Educação elitizada, saúde privatizada, projetos de cultura abortados: o Brasil de 2012 não se livrou das heranças do golpe contra João Goulart em 1º de abril de 1964

Desigualdade no sistema educacional brasileiro é herança do período militar
Esvaziamento do ensino superior público divide opiniões, mas violência repressiva, falta de oportunidades e despolitização da sociedade surgem como símbolos do modelo deixado pela ditadura militar

Na saúde, ditadura começou abertura ao setor privado
Transferência de recursos públicos para empresas privadas deu início à montagem de um sistema que ainda hoje dificulta a prestação do atendimento gratuito

Para Chauí, ditadura iniciou devastação física e pedagógica da escola pública
Violência repressiva, privatização e a reforma universitária que fez uma educação voltada à fabricação de mão-de-obra, são, na opinião da filósofa Marilena Chauí, professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

Na USP, cinco décadas após o golpe, a ditadura volta a dar as caras
Respaldado por um estatuto que completa 40 anos, o reitor João Grandino Rodas administra a mais importante universidade brasileira de maneira autoritária e truculenta

Duddu Barreto Leite: "Se abandonei o teatro, foi por perseguição política"
“Eu nasci na ditadura de Getúlio Vargas. Tive um processo democrático entre o Getúlio e o Getúlio. Passo por uma ascensão democrática, que foi tão extraordinária que, em menos de dez anos, conseguimos levar o Brasil a ter uma música exportada para o mundo inteiro,

Militares pró-64 intensificam ofensiva ideológica iniciada no governo Lula
A queda de braço ideológica que os setores mais conservadores das Forças Armadas tentam travar com o governo desde o anúncio da criação da Comissão da Verdade teve seu ápice na quinta-feira (29), quando o Clube Militar organizou no Rio de Janeiro a celebração “1964 – A Verdade” pelos 48 anos do golpe militar. Com a presença de 300 pessoas 

Memórias de abril e o golpe da informação
Historiador da CIA revela como ideias e recursos dos EUA seduziram a imprensa brasileira nos anos 1950 e semearam o golpe. Hoje, ainda, não se pode piscar diante do apetite voraz da direita – a colonizadora e a colonizada

Um quebra-cabeça para reconstruir a história das ditaduras
Encontro entre hoje e domingo em Porto Alegre vai analisar as várias dimensões e entraves para reconstruir a história das ditaduras, da luta para derrubá-las e dos esforços para identificar e punir violadores dos direitos humanos

Tuna Dwek: 'Tem muita gente que está morta há muito tempo, porque foi calada pela ditadura'
“Eu fui embora e fiquei muito traumatizada. Voltei com a anistia, no final de 1979. Era preciso voltar direito para este país. Tive de reconhecer onde eu estava pisando e o país, antes de fazer a minha vida no teatro. Não sabia se queria mesmo.

Sérgio Ricardo: 'A ditadura deixou o medo de transformação como herança'
Sérgio Ricardo também ficou famoso por criar músicas com forte temática social e de protesto, caso de “Zelão”, e compor a trilha musical de peças teatrais e filmes, como “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna; e “Deus e o Diabo na Terra do Sol”,

Após cusparada 'anti-64', manifestantes são alvos de ameaças de morte na internet
“Os caras têm armas. Divulgaram nossa rotina, é perfeitamente possível a gente esbarrar com algum deles. Estamos preocupados porque sabemos do que são capazes de fazer”, diz ativista.

FONTE:http://www.redebrasilatual.com.br/temas/especiais/especial-1964-resquicios-da-ditadura-48-anos-apos-o-golpe-militar/?searchterm=None

sexta-feira, 22 de março de 2013

MC DONALD'S: OS ARCOS DOURADOS DA CANALHICE!


Justiça acaba com 'jornada móvel' no McDonald’s e aplica multa de R$ 7,5 mi


Medida beneficia 42 mil trabalhadores da rede que não tinham horários fixos de entrada e saída
A empresa Arcos Dourados, que administra 640 restaurantes da rede McDonald’s no Brasil (75% do total), será obrigada a acabar com a jornada móvel variável em todos os restaurantes do país até o final do ano, acatando acordo firmado ontem (21), entre a empresa e o Ministério Público do Trabalho, em audiência judicial na 11ª Vara do Trabalho de Recife. O acordo também estipula pagamento de indenização por dano moral coletivo, de R$ 7,5 milhões.
A medida deve beneficiar 42 mil trabalhadores da rede. De acordo com cronograma definido na reunião, 90% das franquias devem estar regularizadas até o final do ano. Com a sentença, a empresa deverá acabar com a jornada móvel variável em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde outras sentenças judiciais já tinham permitido que a rede implantasse esse esquema de trabalho.
Em nota, a Arcos Dourados informou que “adota jornadas de trabalho legais, sem qualquer violação ao direito trabalhista de seus funcionários, com pagamento de pisos salariais estabelecidos pelos sindicatos de cada cidade” e disse que “aceita modificar esse procedimento em prazos tecnicamente viáveis”.
Além do fim da jornada móvel variável – que não estipula um horário fixo de entrada e saída – os trabalhadores terão autorização para se ausentarem do restaurante no intervalo para o almoço, receberão adicional noturno e terão direito a descanso de no mínimo onze horas entre o fim de uma jornada e o começo de outra.

Refeição

A permissão para que os funcionários possam levar de casa comida para os restaurantes, garantida em liminar no último dia 18, ficará suspensa por 60 dias. Isso porque a empresa alegou que mudou o cardápio, deixando de oferecer apenas os lanches vendidos nos restaurantes e que, segundo laudo técnico, existe chance de contaminação dos produtos da loja por alimentos levados de fora. Nesse período, o MPT vai analisar os documentos apresentados pela empresa.
De acordo com a assessoria de imprensa da Arcos Dourados, o cardápio das refeições oferecidas aos funcionários foi alterado, “com opções diversas de pratos balanceados e desenvolvidos por nutricionistas. Os funcionários da companhia, através de pesquisas de satisfação, participaram do processo de escolha dessas novas refeições”.

Indenização e salário mínimo

O valor da indenização a ser paga por danos morais, fixada pelo ministério em R$ 50 milhões, acabou negociada em R$ 7,5 milhões. Do montante, R$ 1,5 milhão serão divididos em três partes iguais e cada parcela de R$ 500 mil será destinada a projetos socioassistenciais de Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná, que possuem processos por irregularidades trabalhistas. 
Os outros R$ 6 milhões serão destinados para um projeto nacional que visa promover respeito aos direitos trabalhistas. A multa por descumprimento do acordo será de R$ 2 mil por mês por trabalhador.
“Conseguimos acabar com essa prática danosa no Brasil, que a empresa pratica no mundo inteiro. A empresa precisa entender que tem de respeitar as leis brasileiras e isso foi garantido para os trabalhadores”, afirmou ao site do MPT o coordenador nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho (Conafret), procurador José de Lima Ramos Pereira. 
A Arcos Dourados e o MPT não chegaram a um acordo sobre o pagamento de salário-mínimo aos trabalhadores, que era pleiteada pelo órgão. A empresa, baseada em entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), não abriu mão do pagamento do salário por hora. O caso será encaminhado para a Justiça do Trabalho. 
“Não podemos ter um trabalhador recebendo menos que isso [um salário mínimo]. Vamos recorrer a todas as instâncias possíveis”, disse o procurador do Trabalho Leonardo Mendonça, autor da ação civil pública contra a empresa, também ao site do MPT.
A empresa informou, em nota, que cumpre “rigorosamente” as leis trabalhistas e “realiza o pagamento de todas as horas em que o funcionário está à disposição no restaurante”. Segundo o texto, a Arcos Dourados foi uma das primeiras a adotar o ponto eletrônico biométrico no Brasil, que registra todo o período de trabalho dos funcionários. 
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Publicado em 22/03/2013, 11:40
Última atualização às 12:38

GOVERNO HADDAD E A POPULAÇÃO DE RUA


APÓS BARREIRA DE SERRA E KASSAB, SÃO PAULO ADERE A POLÍTICA PARA POPULAÇÃO DE RUA

Anúncio oficial será feito na segunda-feira. Adesão dá acesso de dez secretarias a recursos federais carimbados. Primeira parceria é para qualificação profissional
São Paulo –  Uma das principais reivindicações do movimento de população em situação de rua da cidade de São Paulo será atendida na próxima segunda-feira (25). Em ato marcado para as 15h, o prefeito Fernando Haddad (PT) irá assinar no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, na região central, o decreto de formação do comitê municipal de políticas públicas para população de rua, o que habilita a cidade a buscar recursos federais.
O total de recursos ainda não foi divulgado. Mas dez secretarias passarão a ser irrigadas com recursos federais. A primeira ação concreta é o lançamento já na segunda-feira de um projeto de qualificação profissional por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
“O comitê vai construir a política de população de rua, de forma transversal, envolvendo várias secretarias. Ele (Haddad) se engajou pessoalmente para abrir portas para o mercado de trabalho. A gente sabe que qualificação é parte do problema. Apenas uma parte da população de rua está apta a participar. A rua muda as pessoas. É o pontapé inicial, um passo importante. Ao mesmo tempo em que a comissão formula uma política mais ampla, estamos dado um primeiro passo concreto”, afirmou o secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili, que irá coordenar as ações entre as várias secretárias. 
Segundo dados do censo da população de rua feito pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, São Paulo tinha em 2011 pelo menos 14.478 pessoas vivendo em albergues ou ao relento, 812 a mais do que o calculado no censo anterior, em 2009.  
Segundo Sottili, Haddad manteve conversas com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, para viabilizar também a parceria com o Sesi e o Senai, entidades que serão responsáveis pelo conteúdo dos cursos oferecidos. Na primeira fase, 200 pessoas serão atendidas. A meta é chegar a 2 mil em um ano.
A Política Nacional de Pessoas em Situação de Rua foi sancionada em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, a criação dos comitês municipais se tornou uma reivindicação central de entidades da sociedade civil. De acordo com o presidente do Movimento Nacional das Pessoas em Situação de Rua, Anderson Miranda, poucos municípios aderiram e em São Paulo a falta de diálogo com as gestões José Serra/Gilberto Kassab impediu avanços. 
“Começa a chegar dinheiro, começa a chegar uma política de fato. Porque além de dinheiro é a sinalização de que a gestão quer dialogar. Isso é fundamental. Porque não tinha diálogo”, acredita Anderson. “É uma gestão que vai dialogar de forma intersetorial e com recursos próprios."
Por: Gisele Brito e Vitor Nuzzi, da RBA
Publicado em 21/03/2013, 19:40
Última atualização às 19:51

FONTE:http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidadania/2013/03/apos-barreira-de-serra-e-kassab-sao-paulo-adere-a-politica-para-populacao-de-rua
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sábado, 16 de março de 2013

PSDB: A GRANDE FARSA POLÍTICA DESTE PAÍS!


Após 21 anos, governo paulista pede mais uma década para limpar o rio Tietê


Promessa da Sabesp agora é de que em 2025 o rio terá 'fauna diversificada'; terceira fase tem financiamento de R$ 1,35 bilhão do BNDES
São Paulo – A diretora-presidenta da Sabesp, Dilma Pena, disse na tarde de hoje (15) no Palácio dos Bandeirantes que, “em 2020, toda a bacia do Alto Tietê não será rio morto. Terá oxigênio e portanto terá vida e peixes de espécies mais resistentes. Em 2025, a parte do rio Tietê na cidade de São Paulo terá uma fauna aquática já mais diversificada”. 
A afirmação foi feita em cerimônia de assinatura de financiamento de R$ 1,35 bilhão do governo de São Paulo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimentos destinados ao Projeto Tietê. O governador Geraldo Alckmin, Dilma Pena e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, participaram da cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. O montante será aplicado pela Sabesp na capital e em mais 27 cidades da Grande São Paulo.
Iniciado em 1992, o projeto de limpeza entrará, com recursos federais, na terceira fase. A promessa mais recente, de 2009, indicava que até 2018 a despoluição no trecho urbano estaria concluída. Segundo Dilma Pena, essa fase, a ser concluída em 2015, prevê que “até a barragem da Penha (zona leste da capital) o rio terá boas condições e no Alto Tietê ele estará vivo”. No entanto, a diretora-presidenta da Sabesp reconhece que, mesmo no final de 2015, a parte do Tietê que passa pela capital ainda estará poluída. Ela afirma também que a meta é que até o final da década o rio esteja “saudável”. 
Segundo ela, os investimentos em infraestrutura, tratamento e coleta de esgoto feitos pelo governo precisam ser acompanhados da gestão do problema do lixo pelas administrações municipais, um dos grandes problemas causadores da poluição do rio. “É muito importante que as prefeituras tenham serviços de limpeza urbana mais eficientes, e que cada cidadão cuide melhor do lixo que produz.”
O governador Geraldo Alckmin, em referência às críticas comumente feitas à morosidade do Projeto Tietê, afirmou que existem diferenças entre projetos europeus do mesmo gênero e o de São Paulo. “O Tâmisa, em Londres, é um rio de foz, tem muita água, e aqui (o Tietê) é um rio de cabeceira. A 700 metros de altura, em São Paulo, temos 20 milhões de pessoas e o desafio é muito maior”, comparou.
Alckmin disse que a melhora das condições do rio deve ser medida pela chamada “mancha de poluição”. Dilma Pena explicou que a “mancha” no interior do estado recuou de Barra Bonita para Salto, a 160 quilômetros.
Questionada sobre um relatório de Qualidade das Águas Superficiais no Estado de São Paulo, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), divulgado em 2012 com dados de 2011, de 176 municípios da Bacia do Rio Tietê, segundo o qual menos de 30% deles possuem sistema de coleta e tratamento completo de esgoto, a diretora-presidenta da Sabesp afirmou: “Ao longo de toda a bacia do rio, desde Salesópolis até sua foz, exceto litoral e Alto Tietê, todas as cidades operadas pela Sabesp terão 100% de esgoto coletado e tratado até o final de 2014”. Segundo ela, além do Projeto Tietê, por meio do programa Água Limpa o governo apoia municípios com menos de 50 mil habitantes na solução de tratamento de esgoto.
A quarta fase do Projeto Tietê, disse Dilma Pena, já conta com recursos anunciados na semana passada pelo governo federal. “Já temos para essa fase R$ 1,2 bilhão do BNDES e da Caixa Econômica Federal em regime de financiamento”, explicou. Essa fase do projeto tem como prioridades coletores no Anhangabaú e interceptores na zona lesta da cidade. De acordo com a diretora-presidenta da Sabesp, as licitações dessas obras serão lançadas ainda este ano.
A primeira etapa do Projeto Tietê (de 1995 a 1998) custou R$ 2,6 bilhões. A segunda, de 2000 a 2008, R$ 928 milhões. A terceira fase, que vai até 2015, custará R$ 3,9 bilhões. A quarta está em planejamento.
O presidente do BNDES afirmou que o governo federal está “orgulhoso de participar desse projeto”. Disse ainda que em 2012 o governo destinou cerca de R$ 3,8 bilhões em financiamento de obras públicas para São Paulo.
Publicado em 15/03/2013, 19:36
Última atualização às 19:58

sexta-feira, 15 de março de 2013

SÃO PAULO VAI ENCAMINHAR 40 MIL MULHERES PARA EXAMES NA REDE PRIVADA



Na tentativa de otimizar a fila de espera por mamografia e ultrassom, pacientes receberão ligação para confirmação de presença e, caso desmarquem, sistema informatizado fará encaixe de outras
São Paulo – Na tentativa de reduzir a fila de espera por mamografia e ultrassom de mamas e transvaginal, formada hoje por 90 mil mulheres, a prefeitura de São Paulo vai encaminhar 40 mil pacientes para laboratórios de imagens desvinculados do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o custo estimado será de R$ 2 milhões e a expectativa é que todas sejam atendidas em até três meses.
Operador do callcenter da Rede Hora Certa explica procedimento para confirmar exames ao prefeito Haddad
(Foto: Cesa Ogata/Secom)
Outra medida será otimizar a organização da fila de espera para os três exames. Para isso, as pacientes receberão uma ligação do call center da Rede Hora Certa duas semanas antes do dia marcado para realização do procedimento, para confirmar se irão comparecer ou não. Caso a paciente confirme presença, ela receberá um SMS dois dias antes lembrando o local e o horário. Se não puder comparecer, o sistema automaticamente remanejará outra pessoa para realizar o procedimento.
A estimativa da Secretaria de Saúde é que a cada 15 dias novos exames sejam incorporados no esquema. Hoje, de 10 pessoas que marcam exames na rede municipal de atendimento médico, três não comparecem, segundo o órgão, que em fevereiro começou a fazer ligações para os pacientes. Atualmente são 160 operadores, com uma média 12.500 ligações por dia. “Se nós reduzirmos a 10% o absenteísmo, começaremos a eliminar a causa da fila, aí não vamos mais ter 800 mil pessoas sem agendamento, como em janeiro”, afirmou o prefeito Fernando Haddad, durante visita ao call center da Rede Hora Certa, na Mooca, zona leste da cidade, na manhã de hoje (15).
“São duas ações simultâneas: estamos contratando serviços extraordinários, já na perspectiva da construção da Rede Hora Certa, e organizando a fila pelo outro lado. Só a gestão da fila já melhoraria, mas se eu não tivesse esse serviço sendo contratado, não teríamos como dar conta. Essas duas ações vão permitir chegar a daqui um ano com uma fila bem menor”, disse Haddad. “Nós estamos desenvolvendo um projeto que vai se estender a todos os serviços do SUS no que diz respeito a consultas e exames. Nós vamos oferecer todas as condições tecnológicas para que o usuário possa melhorar o seu próprio atendimento.”
O programa Rede Hora Certa prevê a construção, nas 31 subprefeituras, de unidades de saúde para a realização de exames de média e alta complexidade e de cirurgias não urgentes. O Ministério da Saúde vai repassar R$ 120 milhões para a iniciativa.

Publicado em 15/03/2013, 14:50
Última atualização às 17:43

QUANDO SE GOVERNA PARA O POVO!


Nova classe média faz Dilma ampliar direitos do consumidor

Plano anunciado hoje dá ao tema status de política de Estado; entre outras medidas, prevê fortalecimento dos Procons e das agências reguladoras, bem como maior controle e transparência sobre pacotes e tarifas

São Paulo – Na esteira da expansão da renda do brasileiro, do aumento das vendas de produtos e serviços e do surgimento da chamada nova classe média, o governo federal anunciou nesta sexta-feira (15) um pacote de medidas para regular as relações de consumo do país – o Plano Nacional de Consumo e Cidadania (Plandec). 
"Um país que retirou milhões de pessoas da miséria, que chegou ao pleno emprego, e que ampliou o acesso de sua população ao consumo, tem a obrigação de garantir o respeito aos direitos dessas pessoas que passaram a adquirir mais produtos e serviços", disse a presidenta Dilma Rousseff durante o anúncio das medidas, que têm como um de seus pontos principais o fortalecimento das agências reguladoras. Ela disse que, com o plano, o Brasil passa a tratar o direito do consumidor como política de Estado.
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, destacou a necessidade de estabelecer um sistema que previna conflitos, que solucione os problemas rapidamente e com menos custos ao Estado e que também estabeleça sanções justas em caso de desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor.
"Isso é bom para todos", frisou Cardozo. "Um sistema bem calibrado de defesa das relações de consumo não é só punitivo. É também necessário haver uma política que permita aos setores produtivos terem condições de melhorar seus serviços e produtos", concluiu.
Será criada a Câmara Nacional de Relações de Consumo, composta pelos ministérios de Justiça, Fazenda, Desenvolvimento, Planejamento e Casa Civil. A câmara deverá formular, em 30 dias, uma relação de produtos essenciais ao consumidor, que deverão ter eventuais problemas solucionados imediatamente pelas empresas.
Os serviços e os produtos tidos como essenciais, como telecomunicações e bancários, também passarão a ter regras mais claras para ofertar pacotes e combos, comparação entre tarifas e taxas, canais de atendimento ao consumidor etc. Ainda serão criados, na primeira etapa do plano, três comitês que formarão um observatório nacional das relações do consumo.
Segundo anunciado, o Plandec prevê também o fortalecimento dos Procons – uma ação que precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional. O plano dá às decisões dos órgãos de defesa do consumidor o título executivo judicial, o que antecipará a decisão de conflitos, como forma de diminuir a demanda e a pressão sobre o Judiciário.
"O custo de cada ação na Justiça para resolver desavenças entre consumidor e empresa é de mil reais. Mas o custo médio dos produtos e serviços alvos de processos é de R$ 300. Ou seja, para resolver um problema de R$ 300, o Estado gasta mil. É uma discrepância que agora terá uma política pública para ser sanada", disse o ministro Cardozo.
Para a presidenta, o lançamento do Plano Nacional de Defesa do Consumo e Cidadania marca o estabelecimento de uma nova forma de poder público e privado se relacionarem com os cidadãos e clientes. "De agora em diante, o país tem uma política de Estado para garantir que, à medida que conquistamos mais direito a consumir, que possamos consumir com direitos", definiu, citando o mote de lançamento do plano.

Publicado em 15/03/2013, 12:35
Última atualização às 13:01

quinta-feira, 14 de março de 2013

BRASIL TERÁ ÍNDICE PARA AVALIAR FELICIDADE E BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO


São Paulo – O site do primeiro indicador de bem-estar e felicidade no Brasil foi lançado na noite de ontem (13) pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o Movimento Mais Feliz e a rede social MyFunCity. O Well Being Brazil (WBB), como será chamado o Índice de Bem-Estar Brasil, vai medir o nível de satisfação do brasileiro.
O primeiro índice, segundo informou Mauro Motoryn, presidente do Movimento Mais Feliz, deverá sair no final de dezembro. "Ele terá a característica e a cara do Brasil. O WBB é o retrato real do país e trará um estudo de tendência e uma pesquisa acadêmica juntos", disse.
O questionário completo que vai reunir as informações estará disponível tanto em português quanto em inglês no site www.wbbindex.org.
O nome do índice foi definido em inglês para poder possibilitar pesquisas também pelas universidades internacionais, declarou ainda Motoryn. “Esta será a primeira mensuração que será feita no Brasil para pesquisar o índice de satisfação do cidadão brasileiro com os serviços públicos, com os serviços públicos das empresas privadas e a sua percepção sobre o que lhe rodeia como segurança e meio ambiente”, explicou.
Segundo ele, o indicador será formado pelo um tripé: cidadão, Poder Público (que inclui também as políticas públicas de empresas privadas que interferem na vida do cidadão) e a percepção do cidadão sobre tudo o que o rodeia.
Para Motoryn, a grande importância de se criar um índice como este, e passar a medir a satisfação do cidadão brasileiro, é a de contribuir com as políticas públicas. “É o estabelecimento de políticas públicas que venham a causar a melhoria de qualidade de vida do cidadão”, disse.
A ideia é que, além do índice, as pessoas também se utilizem da plataforma do MyFunCity para poder dar subsídios à gestão pública. “Se de um lado eu tenho o índice, do outro eu tenho uma rede social de interesse público que vai alimentar as prefeituras para elas poderem estabelecer suas plataformas de gestão”, explicou.
Isso, segundo Motoryn, funcionará em todas as cidades brasileiras. "Lá você poderá postar fotos e comentários. Não é só dar nota, se gostei ou não gostei. O Brasil já passou da fase do gostar ou não gostar. Temos o 'gostei por isso' ou 'não gostei por isso' e 'minha participação na gestão é essa ou aquela'", completou.
A construção do indicador se dará por ação conjunta envolvendo o meio acadêmico, empresas e movimentos sociais. O índice está sendo desenvolvido em fases: nesses primeiros 20 dias, por exemplo, será estabelecida a metodologia de estudo. Começa-se então a coleta de dados para se chegar à primeira proposta do que é essencial para os cidadãos do país.
Haverá também audiências públicas com governadores, prefeitos e sociedade civil nas cidades de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, do Recife, de Manaus e Brasília. As audiências vão produzir um questionário definitivo, que levará a uma nova pesquisa de campo. A última fase é a divulgação do índice, prevista para dezembro.
“Toda a pesquisa será estruturada com questionários em profundidade, que serão disponibilizados na internet”, explicou Motoryn. Quaisquer pessoas poderão participar e se inscrever na pesquisa, bastando acessar o sitecriado para o indicador. Segundo ele, dez temas serão analisados: clima e atividades ao ar livre, transporte e mobilidade, família, redes de relacionamento, profissão e dinheiro, educação, governo, saúde, segurança e consumo.
Por: Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil
Publicado em 14/03/2013, 10:40
Última atualização às 10:40

FUMAÇA BRANCA E SOMBRIA...

Há tanta HIPOCRISIA e MENTIRA nesse teatro chamado PLANETA TERRA, que chego a pensar que os verdadeiros protagonistas e donos da verdade, nua e crua, são os animais irracionais, porque os "RACIONAIS" estão na cena errada.
(Wagner Marins)


Novo papa é associado a sequestros de jesuítas e bebê durante ditadura argentina

Cardeal se orgulha de amizade com um dos comandantes da Junta Militar que em sete anos deixou 30 mil mortos, e foi chamado a depor em vários processos
São Paulo – Anunciado hoje (13) como novo papa em uma votação tida como surpreendente, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é investigado dentro de seu país pela colaboração com a ditadura. Nos dois processos mais famosos, responde pela ajuda que teria dado ao sequestro e à tortura de dois jesuítas e à apropriação de bebês, prática comum do último regime militar (1976-83).
A participação de Bergoglio no governo responsável pela morte de 30 mil pessoas é antiga e famosa, mas os sinais mais claros surgiram ao longo da última década, quando, após a derrubada de leis que protegiam os repressores do passado, foi possível dar início a julgamentos. O próprio cardeal se orgulhava das boas relações com o comandante da Marinha Emilio Massera, integrante da primeira Junta Militar e responsável, em 1955, por derrubar Juan Perón durante a autodenominada Revolução Gloriosa – um golpe de Estado, na realidade.
Foi na Marinha que se formou o principal campo de concentração do regime iniciado em 1976. A Escola de Mecânica (Esma, na sigla em castelhano) recebeu 5 mil prisioneiros, e menos de 200 deles saíram com vida. A causa Esma é uma das principais iniciadas nos últimos anos, e tem resultado em desdobramentos que alcançaram Bergoglio.
Ciente disso, e ansioso pela possibilidade de assumir o papado em caso de renúncia de Joseph Ratzigner, Bento XVI, Bergoglio encomendou em 2010 uma operação de "limpeza" de seu nome. Segundo reportagem do jornal argentino Página12, o livro El Jesuíta foi escrito com a intenção de desfazer as más impressões criadas em torno do religioso pelo período em que comandou a Companhia de Jesus, entre 1973 e 1979.
Em 2010, juízes do Tribunal Oral Federal número 5 foram até a sede do arcebispado de Buenos Aires tomar o depoimento do cardeal, acusado de trabalhar pelo sequestro e pela tortura de dois jesuítas em 1976. Naquele momento, Bergoglio comandava a Companhia de Jesus em San Miguel, e uma série de testemunhos o conectam ao crime. 
Francisco Jalics e Orlando Yorio, as próprias vítimas do sequestro, acusam Bergoglio de havê-los denunciado, em uma operação policial na qual desapareceram Mónica Candelaria Mignone,María Marta Vázquez Ocampo e Martha Ocampo de Vázquez. Em 2011, o jornalista Horacio Verbistky descobriu um documento do Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina que corrobora a suspeita. Naquele momento, Jalics, húngaro, havia feito um pedido de renovação de seu passaporte. O informe da chancelaria aponta que Bergoglio apontou que havia “suspeitas de contato com guerrilheiros” e “conflitos de obediência”. A solicitação do jesuíta foi negada.
Em 2010, o médico Lorenzo Riquelme, então com 58 anos, declarou que o grupo que o sequestrou e torturou saiu da sede da Companhia de Jesus. Militante da Juventude Peronista e do movimento cristão, Riquelme deu a declaração com base no que foi dito a sua mulher, também raptada. Ela trabalhava no Observatório de Física Cósmica de San Miguel, que passou de um reduto peronista a um lugar de atuação de homens infiltrados da Marinha e sob controle de Bergoglio. 
Mom Debussy, um jesuíta que tinha a confiança de Bergoglio, afirmou que algumas vezes o cardeal lhe contou sobre os projetos de Massera, sempre demonstrando simpatia pelo regime, e que pretendia vender à Marinha o Observatório de Física. Debussy disse ainda que os trabalhadores do Observatório eram demitidos pelo religioso depois de voltar das sessões de tortura.
Outro documento oficial, datado de 1976, narra o que o líder religioso defendeu a comandantes militares. Advogou esclarecer a posição da Igreja Católica, de suporte ao regime, afirmando que “de nenhuma maneira pretendemos formular uma posição de crítica ao governo”, dado que um fracasso “levaria, com muita probabilidade, ao marxismo”. 
Em 2011, veio à tona a possível participação de Bergoglio em um caso de sequestro de bebês, uma prática adotada pelo regime, que executou várias mulheres grávidas ou com filhos pequenos. O Tribunal Oral Federal número 6 convocou o cardeal a depor no processo de Estela de la Cuadra, uma das fundadoras das Avós da Praça de Maio. Segundo Estela, o agora papa tem relevantes informações sobre o desaparecimento de sua sobrinha, Ana, roubada dos braços da mãe em uma delegacia de La Plata, cidade vizinha a Buenos Aires. 
No mesmo ano, a Justiça francesa determinou que o Judiciário argentino tomasse o depoimento de Bergoglio pela suspeita de participação no desaparecimento de um padre francês que morou na Companhia de Jesus. O testemunho de uma monja em 1984 já indicava a relação do então chefe da congregação com o sequestro que resultou nas mortes de Gabriel Longueville e do sacerdote Carlos de Dios Murias.
Publicado em 13/03/2013, 17:35
Última atualização às 17:43